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Ruben Brito
Coimbra perde dois históricos na Honra
Na Lousã, a decisão já está tomada. Por enquanto, em Miranda do Corvo, com o presidente ausente as definições só acontecerão lá para o fim do mês.
Lousanense e Mirandense, dois clubes de “pergaminhos” na Associação de Futebol de Coimbra (AFC), vão deixar o futebol sénior mais pobre. Problemas directivos e financeiros, nos dois casos, tornaram a continuidade da equipa principal muito complicada.
Fernando Simões, ainda à frente do Mirandense, contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, não quis levantar o véu sobre as movimentações para a próxima época. Nesta altura “já são cinco anos” a presidir o Mirandense e o dirigente prefere sair, mas também não afastou a hipótese de continuar. As assembleias-gerais têm-se sucedido e há uma comissão a trabalhar para encontrar uma direcção, já que o mandato anterior chegou ao fim. “Nessas reuniões têm-se falado de contas, porque é essencial sanar financeiramente o clube, mas o importante é encontrar rapidamente uma nova direcção, porque, de finanças, se tudo corresse bem, as coisas podiam-se resolver este mês”, acrescentou Fernando Simões. No entanto, o DIÁRIO AS BEIRAS sabe que o presidente até pode continuar, mas com a condição de suspender o futebol sénior, a quem a direcção até já deixou as portas abertas para que procurassem alternativas, no final do mês passado. Agora “tudo depende do próximo presidente”, explicou Fernando Simões.
Lousanense já decidiu
“Não é novidade para ninguém que os clubes estão com dificuldades”, começa por dizer João Coelho, ex-presidente do clube (ver caixa). No ano passado “a maior receita dos seniores foi de 300 euros, quando as despesas por jogo são 400 euros”, explica João Coelho. Depois, “entra-se num cíclo vicioso, faltam os patrocinadores e a publicidade” e só as despesas se mantém.
Em cima da mesa, o cenário do aumento do passivo, só apontava um caminho, a suspensão dos seniores. A proposta aceite pelos sócios, na Assembleia-Geral da última sexta-feira, visa a aposta na formação. “Vamos dar mais qualidade a todos os escalões de formação e talvez daqui a dois ou três anos os seniores possam regressar”, contou, ao DIÁRIO AS BEIRAS, João Coelho.
Na altura em que o Lousanense comemora 65 anos, “é pena, mas não há grandes soluções. A Lousã quer tudo, mas é pouco participativa”. Agora, para João Coelho, “a Lousã fica mais pobre, assim como a AFC e o futebol nacional, em geral”.
João Coelho afastou-se
Depois de uma Assembleia-Geral há duas semanas, esta sexta-feira foi a última oportunidade para que surgisse uma lista candidata ao clube. À falta de alternativas, ficou agora uma comissão administrativa encarregue da gestão do clube. Da anterior direcção foram vários os elementos que saíram, ficando os responsáveis pela formação, da Futemania, Eduardo Martins e Rui Neves, no leme do Lousanense. Também os responsáveis pelas outras cinco modalidades do clube se mantém, à semelhança do presidente da AG e do Conselho Fiscal. “Não tinha condições pessoais e familiares para continuar. Estou a precisar de descansar, mas vou continuar a ajudar esta comissão até que achem que a minha ajuda continua a ser útil”, explicou João Coelho.
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